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domingo, 29 de agosto de 2010

Gina Trochiano - IFBB Pro Figure Competitor

           Atendendo a inumeros pedidos para o blog, estaremos tambêm fazendo alguns posts com fotos e materias, quem sabe até entrevistas com nossas atletas do Brasil e do mundo. Sei que estou devendo uma entrevista com a atleta da Universal Nutrition Brasil Iara Vieira, mas a mesma encontra-se em fase de preparo alêm de estar com inumeros compromissos como atleta e personal trainer, mas em breve estará por aqui assim como novas fotos da mesma...
     Pra inaugurar segue ae algumas fotos da Gina Trochiano, atleta de New Jersey, USA. (IFBB).

Nome:  Gina Trochiano



Idade: 33


Cidade: Nova Jersey. EUA



Ocupação: IFBB pro l Cellucor Sponsored Athlete l Cellucor Director of Athlete Relations


Website: http://GinaTrochiano.Com


Primeira Academia : Powerhouse Gym & Fitness Center

 

Conheçam mais sobre a atleta em:



http://GinaTrochiano.com/


MD:


http://forums.musculardevelopment.com/member.php?u=111228


WORLD PHYSIQUE:


BODYSPACE:














Quando comecei: 2007 Como comecei? Eu comecei meu próprio negocio de personal e comecei trabalhar fora de casa e treinado professores à noite em escolas locais.Eu estava envolvida mais com condicionamento, mas comecei a enxergar maiores possibilidades para os corpos dos meus alunos assim como no meu.Um dia eu estava foleando uma revistaque dizia que haveria um show (é assim que eles costumam chamar os campeonatos por lá...) de Fisiculturismo e FItness no estado de NOva Iorque e decidi por mim mesma competir pela primeira vez em 2007.  Eu sabia que seria uma intensa e maravilhosa jornada que eu estava iniciando em busca daquele status. Eu competi em 3 shows antes de partir para a jornada principal em setembro de 2009.





Porque eu amo isso ? É maravilhoso descobri os limites que voce pode impor ao seu corpo e mente. A força, a luta e a disciplina mental me dando mais e mais força pra ser ainda melhor do que eu achava que poderia ser.Eu amo poder e conseguir esculpir meu corpo e meu psicologico com trabalho duro e pura dedicação.


Premiações: 2007 Figure 3o lugar, 2008 Figure 2o lugar, 2009 Figure 1o lugar, 2009 Team Universe Figure 10 lugar, campeã !


Outras Ocupações: IFBB Figure Pro Gina Trochiano Director of Athlete and Corporate Relations l Sponsored Cellucor Pro Athlete E Mail: G.Trochiano@Gmail.com


sábado, 28 de agosto de 2010

Queimando gordura corporal - por Rodolfo Perez

   Hoje, mais do que nunca, o assunto “queimar gordura” chama a atenção de um número cada vez maior de pessoas. Produtos ou dietas milagrosas estão em todos os lugares, seja na televisão, em revistas ou nas livrarias (sempre entre os mais vendidos). A indústria da perda de peso movimenta hoje cifras milionárias – algo em torno de 33 bilhões de dólares no últimos 20 anos só nos EUA – pois a obesidade vem crescendo de forma assustadora, sem distinção racial ou social, tanto nos países desenvolvidos como nos subdesenvolvidos.

Acreditem, o maior contribuinte para o sucesso em um programa de preparação, não está em nenhuma droga mirabolante, em nenhum suplemento milagroso, ou ainda, em nenhuma aulinha fitness afrescalhada, mas sim em uma dieta apropriada. O homem é, antes de tudo, um continuado processo de alimentação. Vale seguir o exemplo das abelhas, pois estas transformam qualquer larva em rainha, graças, unicamente, a uma alimentação especial, cuja preparação conhecem. Lembrem-se sempre que se comer é uma necessidade, comer com inteligência é uma arte!

Em nosso processo evolutivo, observamos que o homem evoluiu de forma impressionante em diversas ciências, tais como na física, medicina e engenharia, só para citar algumas; já em outros aspectos, não apresentou grande evolução, como no que diz respeito à ganância e à subjugação do próximo. Agora, tratando-se de nutrição, sem dúvida alguma, ocorreu uma grande involução, pois não existem dados apresentando casos de obesidade, hipertensão, diabetes ou hipercolesterolemia no homem pré-histórico.

Durante milhões de anos, o ser humano sempre soube se alimentar, procurando intuitivamente comer adequadamente. Os primeiros alimentos do homem foram os frutos, que bastava colher. Depois vieram os tubérculos, raízes e cereais, cuja obtenção exigiu o uso de instrumentos, até que teve de entrar em competição e luta com outros animais ou com seus semelhantes, para garantir a própria sobrevivência. A abundância de recursos alimentares dependia de fatores ecológicos, e o homem se deslocava em busca de comida, até que aprendesse a dominar os fenômenos naturais e produzir seu próprio alimento pelo cultivo da terra e pela domesticação de animais (agricultura e pecuária).

Considerando a alimentação da civilização moderna, durante 2300 anos, nós seres humanos, mantivemos grande parte dos hábitos alimentares adequados, sendo que somente nos últimos 150 anos, o avanço tecnológico vem modificando a relação humana com o meio ambiente, ou seja, nossa alimentação vem piorando em progressão geométrica. As tendências de transição nutricional ocorridas principalmente no século passado em diferentes regiões do mundo convergem para uma dieta mais rica em gorduras (particularmente as de origem animal), açúcares e alimentos refinados; ao mesmo tempo em que essa dieta é reduzida em fibras, carboidratos complexos e alimentos funcionais. Comidas práticas, saborosas, riquíssimas em carboidratos e com teores elevados de aditivos químicos, vêm tomando conta das prateleiras dos supermercados, enquanto alimentos integrais ou orgânicos, ficam escondidos nos cantos das gôndolas. Em paralelo, a demanda energética da vida moderna tem caído drasticamente, devido a um estilo de vida mais sedentário com transporte e equipamentos motorizados que diminuem o esforço físico do homem tanto no trabalho como em casa. Observamos ainda, um crescimento exorbitante da jornada de trabalho para ambos os sexos, o que impossibilita muitas vezes a prática apropriada de atividade física e uma boa alimentação. O resultado disso tudo, além de uma verdadeira tragédia para nossos olhos nas praias, é o aumento na prevalência de várias doenças, incluindo a obesidade.

       Por todas estas adversidades infelizmente impostas pela sociedade moderna, antes de iniciar um trabalho sério de preparação, o indivíduo ou atleta deve estar ciente do que está pela frente. Tudo na vida tem um preço, não é mesmo? Você deve fazer a escolha. Pese na balança os prós e os contras antes de iniciar o trabalho para não haver arrependimentos. De um lado coloque o prazer de vencer uma competição importante ou então o prazer de fazer sucesso na praia ou no clube, ou ainda, o bem estar de se sentir bem consigo mesmo. Do outro, coloque o prazer de comer pizzas, bolos ou sorvetes, na hora em que quiser, e o melhor, sem o sentimento de culpa. Infelizmente, a não ser para uma minoria da população geneticamente favorecida, os dois lados não poderão caminhar em conjunto. Na natureza não existem recompensas ou castigos, e sim conseqüências. Um homem quando nasce é semelhante no tempo e no espaço, a qualquer outro homem (exceto em caracteres étnicos). Depois de nascido, agem fatores capazes de moldá-lo no meio em que vive, ligados basicamente, à alimentação. Geralmente a alimentação do indivíduo, reflete seu estilo de vida. É fácil deduzir que existem grandes diferenças entre a alimentação de uma pessoa gorda e de outra musculosa e com baixo teor de gordura corporal, simplesmente olhando para eles. Entretanto, não será a alimentação de hoje ou de amanhã que surtirá este efeito, mas sim a alimentação de semanas ou meses. Por isso, o sucesso de qualquer programa inicia-se na mente e não no estômago! O indivíduo deverá ter persistência e principalmente paciência no decorrer do trabalho.

Devemos citar ainda, que muitas pessoas realmente alimentam-se pela obrigação, não sentindo grandes prazeres em saborear um belo prato. Porém, existem aqueles glutões que trocam qualquer coisa por uma bela lasanha ao molho branco no jantar! Na verdade, quanto mais intelectualizado o indivíduo, normalmente mais discriminativo e de mais exigente paladar. Mas o oligofrênico, quando tem fome, pode comer até “pedra”, pois busca apenas a sensação de saciedade.

Em um passado não muito distante, era muito comum os praticantes de musculação e fisiculturistas, preocuparem-se inicialmente de forma praticamente exclusiva com o aumento de massa muscular, ingerindo uma enorme quantidade de calorias. Após atingir a massa muscular desejada, aí sim, iniciava-se o processo de definição. Porém, com o passar do tempo, observou-se que esta não era a maneira mais inteligente, pois na fase de definição, boa parte da massa muscular conquistada com árduo sacrifício, era rapidamente perdida.

Ainda hoje, observamos que muitos ainda insistem por este pedregoso caminho. Porém, trabalhamos de forma diferente com nossos atletas, e estamos tendo resultados fabulosos. Antes de iniciar qualquer trabalho, recomendamos que se houver excesso de gordura corporal, este seja reduzido antes de se iniciar o trabalho de hipertrofia. Durante o período de hipertrofia, o atleta deve preocupar-se não somente com o aumento da massa muscular, mas também em evitar o acúmulo de tecido gorduroso, para garantir uma fase de definição mais curta e menos árdua. Lembrando que quanto mais curto e menos árduo for o período de definição muscular, menores as chances de perda de massa magra. 


Primeiramente, devemos corrigir o conceito errôneo de perda de peso. Perder peso definitivamente não é igual a perder gordura. Aqueles mais afoitos, na ignorância de achar que quanto mais rápido melhor, buscam dietas nas quais ocorre uma redução de 3, 4, até 5 kg por semana. Ao invés de ficar felizes quando atingem uma perda como esta, deveriam na verdade ficar muito tristes, pois a maior parte desta perda ponderal foi certamente de líquido e massa magra. Na balança pode até ser bom, mas perante o espelho, a visão provavelmente não será muito agradável. Se for mulher então, terá de dar tchauzinho igual ao Horácio (aquele dinossaurozinho de bracinhos curtos da Turma da Mônica), tamanha a flacidez na região triciptal!

Para conseguir a diminuição da massa adiposa é necessária à existência de balanço energético negativo, condição na qual o gasto energético supera o consumo de energia. Os estoques de energia do organismo são consumidos para sustentar os processos metabólicos, o que leva a perda de peso, frente ao déficit energético. O gasto energético é influenciado por três componentes: taxa metabólica basal; gasto energético com exercício físico; e a energia gasta com o efeito térmico dos alimentos. A taxa metabólica basal depende da idade, sexo, quantidade de massa corporal, freqüência cardíaca e níveis plasmáticos de insulina, sendo influenciada principalmente pela massa magra. Já a energia gasta com a atividade física depende da intensidade e da duração desta, correspondendo ao maior índice sobre o gasto energético humano. O efeito térmico do alimento deve-se principalmente aos processos de digestão, absorção e assimilação de nutrientes, e representa, para uma pessoa ativa, menos de 10% do gasto energético diário.

Uma das maiores mentiras que a indústria do fitness pode vender para seus clientes é que o exercício físico isoladamente irá queimar gordura. Estudos indicam que sem o controle nutricional, o indivíduo tende a realizar aumento do consumo de calorias de forma compensatória. Assim, o possível efeito redutor da adiposidade imposto pela atividade física somente é perceptível com a intervenção nutricional. Por isso é tão comum nós observamos gordinhos caminhando todo santo dia nos parques e não emagrecerem um grama! Certamente os mesmos chegam em casa, atacam a geladeira, e ainda colocam a culpa pela falta de resultados, na pobre caminhada.





Na verdade, a dieta isolada é muito mais eficiente em produzir déficit energético do que o exercício físico isolado. Admitindo-se que cerca de 9000 kcal equivale a 1 kg de gordura, um indivíduo com cerca de 40 anos e 80 kg de peso corporal, com déficit energético diário de 1300 kcal por meio da dieta, irá eliminar em 1 semana em torno de 1 kg de gordura corporal. Agora, se o mesmo indivíduo mantiver uma ingestão energética compatível com seu gasto diário, e realizar 45 minutos de aerobiose em cerca de 50% de seu consumo máximo de O2, por 3 vezes na semana, o mesmo irá levar aproximadamente 2 meses para eliminar o mesmo 1 kg de gordura.

Porém, isoladamente, as dietas hipocalóricas podem causar perda de massa magra. Este catabolismo é ainda mais indesejado, considerando-se que 1 kg de massa muscular consome diariamente em torno de 70 – 150 kcal. Ou seja, quanto mais massa muscular o indivíduo apresentar, maior será seu gasto energético. Portanto, o exercício físico em associação com dietas, facilita a adesão ao controle alimentar e garante maior sucesso na manutenção da massa magra e redução da massa adiposa.

A seguir, estão expostas algumas dicas importantes que têm sido utilizadas com sucesso por nossos atletas, e que deveriam ser consideradas quando elabora-se um programa alimentar para o período de preparação:

• Nunca subestime seu gasto energético! Um erro muito comum é ingerir muito menos calorias do que se gasta, ficando com um déficit energético considerável. Esta prática certamente resultará em perda de massa magra. É inteligente não realizar um déficit calórico maior do que 500 – 750 kcal por dia, o que irá resultar em uma redução máxima de gordura corporal em torno de 0,8 – 1,2 kg por semana.

• Não entre em homeostase! Outro erro comum ainda muito observado em dietas para perda de gordura, é a manutenção de uma dieta hipocalórica durante um período muito longo. Esta prática errônea leva nosso organismo a uma redução em seu gasto energético, principalmente pela redução da termogênese, devido a uma espécie de mecanismo de sobrevivência, herdado de nossos ancestrais. Apenas em 1 semana, pode ocorrer uma redução em torno de 10 a 15% do gasto energético diário. Muitos processos fisiológicos operam nessa redução da atividade metabólica, tais como: diminuição da atividade do sistema nervoso simpático; mudanças periféricas no metabolismo tireoidiano; redução na secreção de insulina; mudanças na secreção de glucagon, hormônio do crescimento (GH) e glucocorticóides. Uma forma prática, simples e porque não, saborosa, de burlar esse sistema, é oferecer ao organismo durante 1 ou no máximo 2 dias, uma ingestão calórica (preferencialmente provinda de carboidratos) mais elevada. Sempre deixamos claro aos nossos clientes, de que é para se “liberar a dieta” apenas 1 dia, geralmente no domingo. Já nos deparamos com casos de gordinhos que iniciam o fim de semana na quinta-feira, e ainda esperam ter algum resultado com isso. Não se enganem!

• Procure manter a dieta o mais simples possível! Por experiência, todo programa que lhe exigir muito trabalho, com receitas mirabolantes, por exemplo, tenderá a fracassar. Procure variar nos temperos naturais e formas de preparo, mas sempre mantendo uma base com uma variedade não muito grande de alimentos. Também nunca se esqueça de alimentar-se a cada 2.5 – 3 horas!

• Mantenha um bom balanceamento de todos os nutrientes! O interessante é manter uma ingestão em torno de 30% a 40% das calorias ingeridas provenientes de proteínas; em torno de 15% provenientes dos lipídios e o restante, em torno de 50%, proveniente dos carboidratos, mas isso irá variar de acordo com a individualidade biológica de cada um. Este balanceamento certamente não é condizente com as famosas Leis da Nutrição elaboradas por Pedro Escudero em 1937. Mas um físico com 3-5% de gordura corporal para homens e em torno de 8-10% de gordura corporal para mulheres também creio que não está de acordo com nenhuma Lei de Cineantropometria. Portanto, temos que realmente fazer algumas modificações para que esse objetivo seja concretizado.

• Mantenha a ingestão de proteínas elevada em todas as refeições! Apesar de durante anos, isto ter sido abolido por inúmeros nutricionistas, hoje já se observa que exceto para pessoas com danos renais já instalados ou com uma grande pré-disposição para tal, uma ingestão mais elevada de proteínas não ocasionará tal sobrecarga. Creio que uma alimentação repleta de aditivos químicos e conservantes é muito mais danosa do que uma alimentação hiper-protéica. Afinal, considerando que a dieta primitiva tinha as carnes como um dos seus alimentos base, não teríamos chegado até aqui caso uma dieta hiper-protéica fosse realmente tão danosa. Uma dieta rica em proteínas na fase de preparação é fundamental para evitar o catabolismo.


• Administre a quantidade e o tipo corretos de carboidratos! Tenha em mente que existem diferentes tipos de carboidratos, a principal fonte de calorias no organismo. Eles podem ser simples e complexos. Quanto mais complexos, mais demoradamente eles “queimam” e mais eficiente e sustentada será a liberação de energia. Já os carboidratos simples liberam energia rapidamente. Os carboidratos complexos existem em cereais, tubérculos, massas e nos pães, sendo utilizados na refeição que antecede o treino. Deve-se também considerar sempre o índice glicêmico desses alimentos. Esse índice reflete o impacto que determinado tipo de carboidrato exerce sobre a glicose sangüínea. Salvo na refeição imediatamente após o treinamento, deve-se preferir sempre carboidratos de baixo índice glicêmico. Batata-doce, cará, inhame e aveia, por exemplo, são boas opções.

• Ingira a quantidade correta de gorduras! As gorduras não são totalmente um mal. Elas perfazem importantes funções fisiológicas, tais como transporte de determinadas vitaminas, estruturação celular, etc. Em uma dieta visando definição muscular, é interessante manter um aporte lipídico com apenas em torno de 1/3 destas provenientes de gorduras saturadas, sendo que os 2/3 resultantes deveriam provir de gorduras monoinsaturadas (azeite de oliva extra virgem, castanhas, nozes, etc) e de gorduras poliinsaturadas (peixes de águas frias e profundas, semente de linhaça).

• Não subestime as vitaminas e sais minerais! Muitas vezes observamos uma preocupação enorme de alguns indivíduos com a ingestão de macronutrientes, porém acabam esquecendo-se dos micronutrientes. Além de serem essenciais para o adequado funcionamento do organismo, vale ressaltar que uma deficiência de qualquer um desses micronutrientes, tende a reduzir a eficiência metabólica em utilizar gordura como fonte de energia. Como exemplos, podemos citar as vitaminas do complexo B e o cálcio, que são fundamentais no processo de lipólise. O ideal é obter todos os micronutrientes por meio de uma dieta balanceada e somente caso for observado alguma impossibilidade, seja ela por falta de disponibilidade de alimentos, falta de tempo ou até mesmo restrição alimentar, deveria-se realizar a suplementação isolada de somente os micronutrientes que forem identificados como deficientes.

• Mantenha-se bem hidratado! Observamos muitos indivíduos dependentes de drogas diuréticas, visando minimizar a retenção hídrica, porém esses pobres desavisados, parecem não saber primeiramente as terríveis conseqüências desta prática e em segundo lugar, que o melhor diurético que existe, é a própria água. Afinal, quanto mais água nós ingerimos, mais água eliminamos! A importância de uma boa hidratação também se observa quando consideramos que a água está presente em torno de 70% da composição de nossos músculos. Ou seja, o corpo precisa se manter bem hidratado para que possa originar condições ideais para manutenção e crescimento muscular. A água também colabora na eliminação de toxinas, auxiliando no bom funcionamento renal.

• Faça uma suplementação inteligente! Nessa fase, a suplementação alimentar pode ser muito útil, em especial para auxiliar na manutenção da gordura corporal, devido a sua ação anti-catabólica, dentre os quais podemos citar: BCAA’S, glutamina, HMB e a vitamina C. Não acreditem em suplementos que prometem “fritar” gorduras, afinal uma das mais marcantes diferenças entre o ser humano e as demais espécies do reino animal, é justamente a capacidade de criar maneiras e objetos com o intuito de tornar seu cotidiano mais fácil. Talvez por isso, muitas pessoas enganam-se acreditando em produtos que prometem milagres! Por favor, não caiam nessa!

• Alimente-se antes e depois do treinamento! É conveniente realizar uma refeição em torno de 90 minutos antes do treinamento. Esta refeição deverá conter uma quantidade adequada de carboidratos complexos e proteínas, baixa em fibras, frutose e gorduras. Imediatamente após o treinamento, é interessante realizar uma refeição o quanto antes, a fim de auxiliar no processo de recuperação e evitar o catabolismo. A fim de garantir maior praticidade, o uso de suplementos neste caso é bem interessante, visto que além da dificuldade de transporte, observa-se em treinamentos mais intensos, o que é conhecido como anorexia pós-esforço, dificultando o processo alimentar. Neste período recomenda-se o uso de um shake contendo proteínas de rápida absorção (whey protein), além de uma mistura de carboidratos com alto índice glicêmico (dextrose e maltodextrina). Você pode ainda enriquecer esta solução com BCAA’S, glutamina e HMB, dependendo de sua disponibilidade financeira. Após um período de no máximo 60 minutos, é interessante realizar uma refeição contendo uma boa quantidade de proteínas de alto valor biológico, carboidratos complexos, e restrita ao máximo em gorduras. Nesse momento, os níveis sangüíneos do hormônio anabólico insulina encontram-se elevados, o que propicia uma ótima absorção dos nutrientes ingeridos. Isto é muito interessante quanto às proteínas e carboidratos, mas deve-se ter extremo cuidado com a ingestão de gorduras. Porém, quando for realizada uma atividade aeróbica isoladamente, é interessante aguardar 30 minutos após o término da mesma para se alimentar. Ocorre que neste período, o organismo ainda está utilizando predominantemente gordura corporal como fonte de energia.

• Inclua alimentos funcionais em sua dieta! Atualmente, muito se pesquisa sobre alimentos funcionais. Estes possuem propriedades benéficas à saúde além dos nutrientes já conhecidos anteriormente. Podemos citar: vinho tinto, chá verde, molho natural de tomate, alho, oleaginosas, cebola, temperos naturais (manjericão, alecrim, orégano), linhaça e cereais integrais. Vários estudos comprovam que uma dieta contendo a ingestão de soja (proteína isolada) e peixes, apresenta melhores resultados quanto à queima de gordura, quando comparada a uma dieta sem a ingestão desses dois alimentos. Isto parece ser devido à presença adequada de ômega 3 no caso dos peixes; e no caso da soja, observa-se que esta é uma excelente fonte dos aminoácidos arginina e glicina, que são precursores do hormônio glucagon. Este além de ser termogênico, auxilia na oxidação dos ácidos graxos e promove glicogenólise hepática.

• Mantenha o treinamento a todo vapor! Quando se realiza uma dieta, principalmente nas primeiras semanas, naturalmente ocorre uma menor disposição para o treinamento, ou seja, você se sentirá mais fraco mesmo. A perseverança em procurar manter o treinamento intenso (logicamente adaptando-se as cargas) fará grande diferença.


• Considere a individualidade biológica! Essa é uma das chaves para o sucesso em seu treinamento. Procure desenvolver uma conexão saudável entre sua mente e seu estômago. O que funcionou para determinada pessoa, não necessariamente irá funcionar para todos. Faça o melhor que você possa fazer e principalmente, aceite o seu melhor! Busque motivação em atletas ou modelos famosos (as), mas não fique comparando-se com eles. Você será vitorioso caso consiga superar sempre a si mesmo!

Para a elaboração de um ótimo programa nutricional, procure um nutricionista esportivo. Em um passado não muito distante, a escassez deste profissional no mercado fez com que vários Educadores Físicos ou Personal Trainers elaborassem, eles mesmos, a dieta de seus clientes. Hoje, apesar de ainda serem poucos nutricionistas nessa área específica, possuímos excelentes profissionais atuando em todo Brasil.

Título: Queimando gordura corporal
Autor: Rodolfo Peres
Email: nutricionista_rodolfoperes@yahoo.com.br
Tema: nutrição
Adicionado em: 25/03/2006

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dietas vegetarianas e desempenho esportivo : artigo científico

                    Está ficando deveras difícil atualizar o blog, já que essa rotina louca dos grandes centros, onde se trabalha, estuda, corre-se de um lado para outro, vai ver a filha, cuida-se do cachorro e sai pra passear ( e não são poucas vezes), come-se em meio ao trânsito ou dentro do ônibus (onde o pessoal ao lado não se conforma de você abrir uma marmitex com batata doce e frango pra comer), separa umas horas pra ensaio com a banda (é eu tenho uma...), vai para o treino de uma coisa, vai treinar outra coisa, da-se aula de novo, ufa ! Enfim, o dia que tem 24 horas poderia ter umas 48 ! Ainda assim, acho que acabaríamos por enche-lo de atividades extras e pediriamos um pouco mais... Eterna insatisfação humana não é ? E o pior  meus caros, pra ajudar meu computador de casa parece um "ninho" de todos os tipos de vírus encontrados no web espaço, o que causa uma certa "irritação" na hora de tentar atualizar o que muitas vezes após inumeras tentativas frustradas acaba se tornando desistência... Mas vamos lá...
                 O post de hoje será sobre VEGETARIANISMO/VEGANISMO e sua correlação com atividade física e desempenho e esportivo. Este é um assunto que vez ou outra sempre que puder e/ou encontrar algo por ai estarei postando por aqui, já que eles (os vegetarianos) sempre têm muitas duvidas e questionamentos sobre isso, e eu mesmo, que fui vegetariano de 1997 até 2004, tendo em partes desse período sendo VEGAN, foi essa relação com esse modo de vida que me abriu os olhos para alimentação e sua grande e vasto gama de possibilidades no que diz respeito a nutricação e alimentação.
               Este artigo por mera conhecidência achei durante uma pesquisa e foi escrito por um amigo do estdo do Espirito Santo, amigo esse que "perambulou" pelos mesmos locais e atividades que fiz parte quando me envolvi diretamente com o tema... Uma boa leitura e podem me escrever para debater sobre isso:  cristiano.maffra@gmail.com

INTRODUÇÃO



O vegetarianismo abrange ampla variedade de práticas dietéticas com diferentes implicações para a saúde1. Assim, há diferentes definições e fundamentações das práticas vegetarianas, como, por exemplo: a dieta vegan, que não contém nenhum produto de origem animal; a lactoovovegetariana (LOV), que inclui produtos lácteos e ovos; e a semivegetariana, que ainda inclui pequenas quantidades ou consumo esporádico de determinados tipos de carne, como peixes e aves2. As dietas não-vegetarianas, nas quais o consumo de carne é freqüente, são denominadas dietas onívoras.


A adoção de dieta vegetariana tem sido associada a diversos benefícios para a saúde da população humana, como baixas concentrações de lipídios séricos, baixos níveis de adiposidade corporal e baixa incidência de mortes por isquemia do miocárdio, diabetes mellitus e certos tipos de câncer3-5, além de uma maior expectativa de vida6. Entretanto, também tem sido objeto de preocupação, na medida em que novos estudos realçam possíveis aspectos prejudiciais à saúde com a prática do vegetarianismo. De acordo com a American Dietetic Association7, dietas vegetarianas oferecem determinados benefícios nutricionais, como a baixa ingestão de gordura saturada e colesterol - ou mesmo a não elevação desses marcadores, quando observados em relação ao envelhecimento8 - a alta ingestão de carboidratos, fibras dietéticas, magnésio, potássio, folato, antioxidantes (como as vitaminas C e E) e fitoquímicos. Em contrapartida, Sabate9 cita que a dieta vegetariana desbalanceada ou restritiva, particularmente em situações de altas demandas metabólicas (como durante o exercício), pode provocar deficiências nutricionais.


Algumas pesquisas experimentais foram realizadas no intuito de investigar a relação entre a dieta vegetariana e o desempenho esportivo. Discute-se se tal dieta pode afetar, positiva ou negativamente, o desempenho de atletas de resistência e força.


Para a realização deste artigo, foram coletadas todas as pesquisas disponíveis no banco de dados Medline, que tinham por objetivo verificar a influência das dietas vegetarianas sobre variáveis do desempenho atlético, como a capacidade aeróbica e de força muscular. No total, foram analisadas onze pesquisas experimentais publicadas em periódicos internacionais, disponíveis nesse banco de dados. Com base nos resultados encontrados, discutiram-se as necessidades e carências nutricionais dos atletas vegetarianos, assim como alterações fisiológicas em resposta à dieta e suas possíveis implicações no desempenho atlético.

Vegetarianismo e desempenho

Observaram-se, na literatura, diversos estudos avaliando a influência das dietas vegetarianas sobre o desempenho de esportes de endurance e força. Um resumo dos resultados das pesquisas analisadas encontra-se no Quadro 1.













O volume de pesquisas que testaram a capacidade aeróbica é superior ao daquelas que testaram a força muscular dos vegetarianos. No experimento de Cotes et al.10, não foram encontradas diferenças na função pulmonar e na resposta cardiorrespiratória no exercício submáximo em ciclo-ergômetro, entre vegans e não-vegetarianos. Hanne et al.11 também não encontraram diferenças no desempenho de atletas israelenses de ambos os sexos. Diversas outras pesquisas encontraram resultados semelhantes12-18.


Campbell et al.19 não encontraram diferenças significativas na força muscular dinâmica entre grupos de homens vegetarianos e não-vegetarianos. Ambos os grupos demonstraram aumento similar na força, após 12 semanas de treinamento contra resistência. Esses resultados estão de acordo com os encontrados por Hanne et al.11, em pesquisa anterior.


Dos dez estudos analisados, apenas um encontrou diferenças na capacidade aeróbica e em testes de potência18. Crianças, adolescentes e adultos vegetarianos foram testados. Os adolescentes e adultos mostraram melhores resultados no teste cardiorrespiratório, mas os adolescentes obtiveram valores mais baixos nos testes de força e potência. Esse experimento não contou com grupo controle não-vegetariano, sendo os resultados comparados a valores de referência indicados por pesquisas anteriores. Talvez a falta de grupo controle possa ter ocasionado resultados divergentes dos demais estudos citados.


Com base nesses resultados, conclui-se que a capacidade aeróbica não parece ser afetada pela adoção de uma dieta vegetariana, desde que esta atenda às necessidades nutricionais do atleta. Dessa forma, uma dieta vegetariana variada e balanceada parece compatível com o desempenho atlético vencedor em modalidades esportivas com predominância no sistema oxidativo. Com relação à força muscular são necessários maiores estudos, dada pouca produção científica que investigou essa questão.


Necessidades nutricionais


Energia


De acordo com o posicionamento do American College of Sports Medicine (ACSM)20, a baixa ingestão energética pode resultar em perda de massa muscular, distúrbios no ciclo menstrual das atletas, perda de massa óssea e aumento do risco de desenvolverem fadiga e lesões. Ainda segundo o ACSM, a ingestão energética de atletas de endurance deve ser de 3 000 a 5 000kcal/dia. Atletas de força usualmen-te necessitam, minimamente, de 50kcal/kg/dia, que representa 3 500kcal/dia para um indivíduo de 70kg. Segundo Williams21, a deficiência energética não representa grande preocupação para os vegetarianos, mas é necessária atenção especial para que se alcance uma ingestão adequada de energia, caso contrário o desempenho pode ser prejudicado.


Na pesquisa de Eisinger et al.17, atletas lactoovovegetarianos e não-vegetarianos, consumindo uma dieta de 4 500kcal (60% advindas de carboidratos, 30% de proteínas e 10% de gorduras), não mostraram diferenças na performance em uma maratona. Isso confirma que, desde que as necessidades energéticas sejam alcançadas, independentemente do tipo de dieta, o rendimento não é afetado.


Macronutrientes


Atletas de endurance necessitam de dieta rica em carboidratos para otimizar os estoques de glicogênio muscular e hepático. Para esses indivíduos, a ingestão diária de carboidratos deve ficar na faixa de 500g a 800g (8 a 10g/kg/dia), e representar 60% a 70% da ingestão energética diária total4. Segundo Fogelholm22, a exclusão de carne da dieta não prejudica o desempenho em exercícios repetidos de curta duração. Já a redução da ingestão de proteínas e o aumento de car-boidratos durante 3 a 5 dias podem resultar em uma melhoria de desempenho em exercício anaeróbico com duração de 2 a 7 minutos. As dietas vegetarianas, freqüentemente, possuem altas taxas de carboidratos, disponibilizando substrato para uma melhor síntese de glicogênio.


Quanto à ingestão protéica, vegetarianos normalmente apresentam valores mais baixos, quando comparados a indivíduos não-vegetarianos18,23. Além disso, a qualidade das proteínas de origem vegetal é considerada de baixo valor biológico, visto que são incompletas quanto à composição de aminoácidos. Apesar de necessárias novas investigações, a dieta composta somente por fontes protéicas vegetais parece capaz de satisfazer as necessidades de adultos e crianças saudáveis1.


A quota dietética recomendada (RDA) de proteínas é de 0,8g/kg de peso por dia24. Sabe-se, porém, que atletas de força e endurance necessitam de uma maior ingestão protéica, quando comparados à população saudável sedentária4,25. Lemon26 sugere que atletas de força, potência ou velocidade aumentem a ingestão para 1,7 a 1,8g/kg/dia, e atletas de endurance para 1,2 a 1,4g/kg/dia. Quantidades superiores não parecem exercer um efeito adicional na performance. Alcançar a adequação de proteínas, em termos quantitativos, a partir de fontes vegetais, é possível, mesmo em uma dieta vegan4,22, principalmente quando se faz a combinação de diferentes fontes dietéticas1. Ainda assim, há a possibilidade de menor ingestão de aminoácidos essenciais ou mesmo do aminoácido derivado carnitina27.


Micronutrientes


Segundo estudo realizado por Janelle & Barr28, as mulheres que seguiam dieta vegetariana apresentavam menor ingestão de riboflavina, niacina, vitamina B12 e sódio que as não-vegetarianas e maior ingestão de ácido fólico, vitamina C e cobre. Em pesquisa com jovens vegans de ambos os sexos29, foram encontradas baixas ingestões de riboflavina, cobalamina, vitamina D, cálcio e selênio. As ingestões de cálcio e selênio permaneceram abaixo do desejável, mesmo após a inclusão de suplementos dietéticos. Pesquisa recente mostrou ingestão deficiente de iodo por indivíduos de ambos os sexos que adotavam dietas vegan e LOV30.


O ferro não-heme, proveniente de fontes vegetais e de parte do conteúdo total das carnes, é menos biodisponível que o ferro-heme, encontrado em fontes animais. A eliminação de carnes e o aumento de legumes e grãos integrais na dieta podem resultar na menor ingestão deste mineral, assim como de zinco31. Inúmeros efeitos adversos à saúde, vinculados à menor biodisponibilidade de ferro e zinco, têm sido demonstrados pela adoção de dietas vegetarianas. Sabe-se que essa prática alimentar pode, até mesmo, conter mais ferro do que em dietas não vegetarianas, mas o mineral encontra-se menos disponível para absorção32, dados as diferenças na forma química e os fatores inibidores presentes33,34. Apesar dos alimentos vegetais possuírem substâncias que aumentam a captação de ferro, a adoção de dietas vegetarianas precisa ser bem planejada para evitar a deficiência deste mineral23. Assim, a recomendação para ingestão de ferro por parte dos vegetarianos é aumentada em 80% além da RDA32. A baixa ingestão de ferro pode levar ao quadro de anemia, interferindo de forma negativa no desempenho, à medida que limita o transporte de oxigênio para os músculos em atividade35.


Algumas pesquisas indicam que vegetarianos, especialmente vegans, apresentam ingestão e concentração sérica de vitamina B12 (cobalamina) inferiores aos não vegetarianos17,29,36,37. Mas, de acordo com Johnston1, casos de deficiência desta vitamina são incomuns, mesmo entre os vegans. As razões para tal seriam a baixa necessidade da vitamina, as reservas relativamente grandes e uma circulação enteroepática eficiente, que recupera a maior parte da cobalamina excretada na bile. Ainda assim, a redução na ingestão dessa vitamina tem sido associada, nas dietas vegetarianas (principalmente vegan), ao quadro de hiperhomocisteinemia38,39, sendo esse considerado um fator de risco independente para o desenvolvimento de cardiopatias. Janelle & Barr28 sugerem atenção para que quantidades necessárias da vitamina sejam ingeridas. Suplementos orais, ou consumo de produtos enriquecidos com cianocobalamina (forma farmacológica do nutriente), como extrato hidrossolúvel de soja e cereais matinais, são opções que podem auxiliar o atendimento às recomendações.


São menos freqüentes as baixas ingestões de cálcio, zinco, cobalamina e vitamina D entre os lactoovovegetarianos, por consumirem leite e derivados na dieta, fontes significativas desses minerais. Vegans necessitam maior atenção para que não desenvolvam deficiências nutricionais, o que resultaria em efeitos negativos para a saúde e, conseqüentemente, para o desempenho atlético.


Creatina muscular


A creatina é um composto que contém carbono, hidrogênio e nitrogênio, sintetizada nos rins, pâncreas e fígado (este último principalmente) a partir de três aminoácidos: glicina, arginina e metionina. Apresentando-se na forma fosforilada (CP), atua na refosforilação de ADP (adenosina difosfato), mediante a enzima creatina quinase, mantendo a concentração de ATP (adenosina trifosfato) mais ou menos constante durante esforços de curtíssima duração e alta intensidade. Os estoques intracelulares de creatina total giram em torno de 120-125mmol/kg de peso seco, resultando em cerca de 120g para um indivíduo de 70kg, sendo que 95% desse valor é encontrado nos músculos. Aproximadamente 2g (em torno de 1,6% do total) por dia de creatina é catabolizado em creatinina e excretado pelos rins40. A necessidade de creatina é suprida tanto pela ingestão alimentar, quanto pela síntese endógena4,41. Em torno de 1g é obtido, normalmente, em dietas não-vegetarianas, enquanto que o restante é sintetizado endogenamente.


Especulava-se que indivíduos vegetarianos apresentariam concentração total de creatina menor que aqueles que seguem uma dieta onívora4,41,42. Assim, apresentariam melhor resposta à suplementação, devido ao maior aumento de creatina no organismo, pois um maior efeito ergogênico é encontrado nos indivíduos que apresentam, antes da suplementação, baixos níveis musculares do composto4,41.


Algumas investigações foram realizadas para elucidar essa questão. Lukaszuk et al.43 verificaram que indivíduos que retiraram produtos cárneos da dieta por 21 dias apresentaram diminuição nos níveis musculares de creatina. Entretanto, após a suplementação, seus níveis de creatina não apresentaram diferença significativa em relação aos dos indivíduos que continuaram com o consumo de carnes e também receberam suplementação (148,6mmol kg-1 e. 141,7mmol kg-1, respectivamente). Em estudo posterior44, por meio de biópsia muscular do músculo vasto lateral, foram encontrados níveis mais baixos de creatina total intramuscular nos vegetarianos (117mmol.kg-1 contra 130mmol.kg-1 nos onívoros). Além disso, estes apresentaram maiores aumentos nos níveis de fosfocreatina e creatina total e massa muscular, além de melhor desempenho em exercícios de força após a suplementação. Watt et al.45 confirmaram esses achados (106,6mmol.kg-1 contra 124,8mmol.kg-1), mas não encontraram diferenças significativas na expressão gênica do transportador de creatina (CreaT) entre os grupos, tanto pré como pós-suplementação. Contudo, Shomrat et al.46, após a realização de protocolo experimental com vegetarianos e onívoros, verificaram que ambos os grupos apresentaram aumentos similares na potência, após período de suplementação de creatina de uma semana, no teste modificado de Wingate em ciclo-ergômetro.


Alterações fisiológicas


Alterações hormonais


A manipulação de variáveis do treinamento, como intensidade, volume e recuperação, pode afetar a resposta hormonal ao exercício. Já a influência da dieta sobre a concentração hormonal é menos compreendida47. Raben et al.16 verificaram a concentração de testosterona em indivíduos com diferentes dietas. Valores mais baixos foram encontrados em homens que consumiam dieta vegetariana rica em proteína, quando comparados aos que consumiam dieta não-vegetariana, também rica no nutriente. Além disso, os fitoestrógenos da soja, alimento muito consumido por vegetarianos, podem ocasionar concentrações mais baixas de testosterona e androstenediona48. Em relação ao IGF-1, um fator de crescimento liberado pelo fígado em resposta ao hormônio do crescimento, estudo realizado com mulheres vegetarianas relata redução em suas concentrações plasmáticas49, que pode estar relacionada à baixa ingestão de lipídios, principalmente nos que adotam dieta vegan50,51. Os baixos níveis de testosterona sérica e de IGF-1 têm sugerido efeito negativo sobre a hipertrofia muscular e o desenvolvimento da força, visto que são hormônios anabólicos e influenciam na expressão da força, por meio de mecanismos neurais e da síntese protéica52,53. Apesar disso, a suplementação protéica à base de vegetal (proteína de soja) mostrou-se capaz de proporcionar um aumento significativamente maior dos níveis de IGF-1, quando comparada à suplementação com proteína do leite, à base de caseína e proteínas do soro54.


Função imunológica


Especulou-se se a dieta vegetariana poderia ocasionar impacto negativo sobre a função imunológica, mas, segundo Fogelholm22, a retirada da carne da dieta não parece ocasionar efeitos adversos sobre essa função. Quanto à influência da dieta LOV na função imunológica de atletas de endurance, não foram encontradas diferenças significativas na quantidade e atividade das células do sistema imune entre os grupos14. Entretanto, sabe-se que o treinamento exaustivo pode causar impacto negativo sobre a função imunológica em atletas, independentemente do tipo de dieta, aumentando a suscetibilidade a infecções, como do trato respiratório superior. Afirma-se que a suplementação de glutamina exerça efeito positivo nesse sentido, atenuando o quadro de imunossupressão pós-exercício21.






CONSIDERAÇÕES FINAIS


De acordo com as publicações científicas atuais, a prática vegetariana pode proporcionar diversos benefícios à saúde humana, desde que bem planejada para atender às necessidades nutricionais. Algumas conclusões puderam ser levantadas, apesar de haver ainda muitas questões a serem elucidadas:


- De acordo com a literatura, não foram encontradas diferenças significativas na capacidade aeróbica e de força em indivíduos que seguiram diferentes dietas. As pesquisas que relacionaram o tipo de dieta com o desempenho de força ou atividades supramáximas são escassas, havendo a necessidade de mais investigações a fim de elucidar a questão.


- Vegetarianos ingerem freqüentemente grandes quantidades de carboidratos, fibras dietéticas, magnésio, potássio, folato, antioxidantes e fitoquímicos. É necessária maior atenção na dieta desses indivíduos, no que diz respeito à ingestão de cálcio, zinco, ferro e vitamina B12. A ocorrência de anemia por deficiência de ferro pode ser mais comum na mulher atleta, o que interfere negativamente no rendimento. A baixa ingestão de vitamina B12 pode levar ao quadro de hiper-homocisteinemia, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.


- O conteúdo protéico dos alimentos de origem vegetal é freqüentemente menor, além de apresentarem menor valor biológico, pois possuem aminoácidos limitantes. Ainda assim, os pesquisadores sugerem que a ingestão protéica nas dietas vegetarianas pode cumprir a cota de fornecimento adequada, mesmo para atletas que necessitam de maior ingestão protéica.


- Uma dieta vegetariana necessita ser bem planejada e equilibrada em termos nutricionais, sendo, assim, apropriada a todos os estágios do desenvolvimento humano, incluindo a gestação, lactação, infância e adolescência, além de proporcionar suporte adequado ao desempenho esportivo.


- Os níveis de creatina intramusculares dos vegetarianos são mais baixos, o que pode afetar o rendimento em exercícios supramáximos. Em contrapartida, a suplementação de creatina mono-hidratada pode proporcionar maior efeito ergogênico nesses indivíduos.


- Vegans e vegetarianos podem apresentar níveis mais baixos de hormônios anabólicos, como a testosterona, androstenediona e IGF-1, o que, talvez, interfira diretamente no desenvolvimento da força e hipertrofia musculares. A função imunológica não parece ser afetada.


Embora com qualidade nutricional diferente da onívora, a dieta vegetariana, desde que supra as adequações nutricionais do atleta, não prejudica o seu desempenho aeróbio. No que se refere ao desempenho hipertrófico ou de força e potência muscular, os resultados não são conclusivos.



Lucas Guimarães FerreiraI; Roberto Carlos BuriniII; Adriano Fortes MaiaI, III, 1



IGrupo de Estudos e Pesquisas em Nutrição e Metabolismo do Exercício, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, ES,Brasil


IICentro de Metabolismo em Exercício e Nutrição, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista. Botucatu, SP, Brasil


IIIDepartamento de Desportos, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo. Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, 29075-910, Vitória, ES, Brasil

2010 Mr Europe Pro Contest : alguém mais quer ir pra Espanha ?



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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Oba Suplementos : Promoções para mês de agosto !

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Hora e a Vez das Atividades Físicas no ambiente Globalizado


                 Pois é meus caros amig@s, leit@res e apenas curiosos visitantes do Healthy and Fitness Support. O tema é diverso da proposta inicial deste blog, mas aqui estamos para atrelar e tentar desvendar essa tão misteriosa charada que é a nova ordem mundial dentro do nosso contexto de educadores físicos.
                 A grande e imponente Globalização chegou, e,  não temos muito o que fazer. Essa multi-facetada vertente do capitalismo nos trouxe vantagens e desvantagens, que se colocadas em paralelo, seriam como uma luta de boxe entre o ícone Muhammad All, e nosso "grande" Maguila, posto que ao contrário do que muitos pensam sobre os eternos "benefícios" deste processo como estar conectado na web , usar camiseta do Ed Hardy, ter o ultimo lançamento dos ténis da Nike , o novo IPhone, o ultimo frequencimetro da Polar ou ainda saber que a Muscle Tech colocou de novo no mercado está muito longe de ser a grande "jogada"ou mesmo a "bola da vez" da grande e "impiedosa"(agora sim um termo mais adequado) economia global, afinal, os crescentes colapsos economicos (que agora atingem ate o bloco dos países de 1o mundo), assim como acentuamento das classes sociais, e agravamento das condições e meios de trabalho para as classes C e D são sim a grande e real indicadora de que a "mão invisível" de Adam Smith, é por demais severa e parece carregar uma palmatória ou  açoite com punhos bem cerrados... O capitalismo desumaniza, isso é fato e ele até agora (Adam Smith) continua sendo o grande Messias de todas as gerações anteriores. Mas o que nós seres humanos "normais", meros peões do xadrez corporativo e de nossos governos que a cada dia mais dançam no baile das privatizaçoes fazer em meio à isso ? Chorar ? Jogar o chapéu no chão que nem o sr. Madruga? Queimar carros, e fazer passeatas em praça publica ? Talvez, mas vamos deixar essa radicalismo pra outra ocasião...
                 Ainda me lembro no inicio dos anos 90 de na época do colégio, de um encarte enorme que saiu na folha de São Paulo sobre a globalização... Eu não intendia direito o que era aquele processo todo, o que estava rolando por detrás dos bastidores mas sabia que era algo muito, muito grande e que se eu quisesse  ou não eu ia fazer parte... Parecia  legal, pessoal do colégio dizia que os Chineses iriam poder comer no Mac Donalds e ia ter Coca-Cola em todos países do mundo (uau !), além do que a economia iria se estabilizar, etc, etc, etc... Eu que nunca tinha tido um computador em casa, logo vi e aprendi a mexer naquela maquina, assim como comecei  a incorporar esse eterno objecto da nerdice humana na minha vida, e em tempos de dólar quase "pau a pau" com nossa moeda, pude incrementar minha coleçao de discos de vinil e Cd's e ainda comprar os primeiros suplementos "made in USA" e as camisetas da Gold Gym e Black Smith (mesmo sendo um ma grelo para usá-las...) Nossa então esse tal capitalismo estava aqui apenas para nos ajudar não era mesmo ? Que maravilha...

                  Mas bem todos sabemos que não foi bem assim não e pessoal ? Só para agente lembrar um pouco,  o que é globalização mesmo ?

"A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI". (definição da Wikipedia)

                 Ora, bolas ! O que isso tem haver com a minha área da educação física afinal ? Simples meus caros. Tudo !
                O mundo que engatinha a passos lentos ate a década de 80 devido a toda aquela crise de blocos dividindo o mundo e guerra fria, der repente começou em uma década a fazer levantamento terra com 100 kilos em cada lado na barra e fazer supino com ainda mais que isso. Ou seja, a velocidade que as transforma coes aconteceram e agente nem percebeu isso foram alarmantes.
                Você acha que toda tecnologia em termos de suplementaçao , aparelhos, marketing, alimentação, vestuários, enfim todo esse aparato e tecnologias especificas que nos resguarda hoje, estava disponível antes da década (estamos falando do final dela) de 80 ? É como a luz eletrica em casa, se tem ninguém a percebe, mas se ela acaba, sujeito fica louco de descer 10 lances de escada. As nossas fabricas de suplementos Probiotica, Nutrilatina ainda iniciavam e as matérias primas usadas em nossa produção eram de baixa qualidade devido a dificuldade de importação e legislação deficiente, assim como todo aparato de salas de academias e musculação, que era em sua maioria nacional (não que não tenhamos grandes marcas por aqui) ainda eram muito primarias, e pouco se investia no setor. Revistas especializadas no assunto era inexistentes, pois a própria BOA FORMA que apenas circulava como uma espécie de fanzine antes de 1985, ou seja coisa muito recente era um dos únicos veículos para informação dos entusiastas de pratica desportiva. Faculdades ainda estavam longe, muito longe de ser o que sao hoje, já que nossa atividade profissional, foi oficialmente adotada em 1998:  regulamentação da Profissão (Lei 9696/98) , em contra partida  que a primeira turma de educação física se formou no pais em 1968 (turma essa onde nosso grande Edson Arantes do Nascimento: Pelé se formou)  , nada menos do que exactos 20 anos para sairmos da "marginalidade" e sermos amparados pelo CREF em 1999. Ou seja você literalmente hoje, tem tudo, muito, mastigado, lido, relonge de todo aquele preconceito arcaico que rodeava as academias no passado, ou ainda posteriormente as atribuiu apenas as "elites"dos grandes centros. Você pode procurar na internet, qualquer informação sobre métodos de treinamento que no passado apenas ouvíamos falar pelo nome, que geralmente era pronunciado errado pelo péssimo "ingreiz" falado nas academias, onde Heavy Duty era algo que o amigo, do primo do vizinho tinha visto em uma fita de VHS copiada do irmao do tio, do professor da academia do Rio de Janeiro, numa qualidade sofrivel, onde só por pura e total "bitolagem"voce ainda pedia pra fazer uma copia.
                 O processo da globalização que tanto encurtou nossas distancias nas ultimas décadas, que por exemplo permite que daqui a fraçoes de segundo após eu ter postado tudo isso aqui alguém que esteja em SEALAND possa ler e até mesmo comentar e opinar sobre esse contexto, ( um ponto extremamente positivo sem sombra de duvidas) trouxe junto consigo algumas mazelas tais como aumento das doenças da obesidade em todas as idades, principalmente em crianças e idosos, diminuição da pratica e incentivo ao esporte dentro do contexto escolar das escolas publicas, etc...  (continua)


sábado, 7 de agosto de 2010

Rodolfo Peres e Nutrição

A prática da musculação e performance acaba por nos enveredar por outras áreas alêm do Treinamento Físico com pesos. Uma das maiores "cabeças pensantes" no assunto no país hoje, é o nutricionista Rodolfo Peres. Aqui no blog sempre procuro colocar artigos sobre dicas de nutrição e alimentação. Acabei então achando este que faz um apanhado geral de bons alimentos para nós praticantes dessa arte.





OS MELHORES ALIMENTOS PARA PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO


Rodolfo Anthero de Noronha Peres*

Vivemos em uma época na qual alimentos práticos, saborosos e pouco nutritivos fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas. Biscoitos, pães brancos, pizzas, bolos e lanches, estão substituindo alimentos protéicos, cereais integrais, legumes, verduras e frutas. Com isso, os níveis de obesidade e doenças relacionadas com a má alimentação estão cada vez maiores. No entanto, para pessoas engajadas em um treinamento de musculação e que realmente desejam obter resultados sólidos, a escolha alimentar é fundamental. Não existe nenhum programa de treinamento ou suplemento nutricional milagroso que substitua os benefícios de uma alimentação adequada. E ainda, tenha em mente que nenhum campeão de bodybuilding conquistou algum título expressivo à base de fast food e refrigerante.

A idéia deste artigo é apresentar algumas das melhores escolhas alimentares, como por exemplo: suprir as necessidades protéicas para construir novos tecidos musculares; garantir carboidratos complexos para fornecer energia nos treinamentos; ou ainda, gorduras, vitaminas, sais minerais e fibras para garantir um bom funcionamento de todo o organismo.

Os alimentos abaixo estão em ordem alfabética, não sendo possível classificá-los em um ranking de prioridade. Todos possuem seu valor dentro de um programa alimentar, lembrando que as características individuais devem sempre ser respeitadas.

1. Aveia 
É uma excelente fonte de carboidratos complexos tanto para as fases de ganho de massa muscular quanto nos períodos em que se almeja a redução da gordura corporal. É também uma grande fonte de fibras, vitamina E, zinco, selênio, cobre, ferro, magnésio e manganês.

2. Azeite de oliva extra virgem
Além de deixar sua salada mais saborosa, o azeite de oliva extra virgem garante uma ótima ingestão de gorduras monoinsaturadas e antioxidantes. Possui atividade anti-inflamatória, efeitos anti-cancerígenos e cardio-protetores. Prefira sempre azeites de qualidade na hora da compra, observando sempre a origem e teor de acidez. De nada adianta adquirir um azeite de oliva de baixa qualidade. Já no preparo de algum alimento ao fogo, acaba sendo mais vantajoso usar óleo de canola, visto que este é mais resistente em altas temperaturas e também apresenta um ótimo valor nutricional.

3. Batata doce
Este alimento está presente em praticamente todos os programas alimentares de praticantes avançados de musculação há décadas, principalmente a nível competitivo. Além de ser rico em fibras, a batata doce contém carboidratos complexos de baixo índice glicêmico que são digeridos lentamente no organismo, não causando consideráveis “picos” de insulina. Lembrando que imediatamente após o treino, o oposto é interessante, ou seja, a ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico (dextrose). Como utilizar batata doce o dia todo acabaria sendo monótono, podemos variar com: arroz integral, macarrão integral, pão integral, cará, inhame e mandioca.

4. Brócolis 
Assim como grande parte dos vegetais de coloração verde-escura (couve, almeirão, rúcula, agrião, etc), o brócolis apresenta grande concentração de vitaminas, sais minerais e fibras, com a grande vantagem de possuir poucas calorias. A forma de cocção é de extrema importância, sendo que o preparo no vapor garante menor perda de nutrientes.

5. Carne vermelha magra
O termo “carne vermelha” é baseado na concentração de mioglobina da carne. Esta é uma proteína que transporta oxigênio para os músculos, sendo responsável pela coloração vermelha da carne. Como exemplo, um gado adulto possui cerca de 2% de mioglobina, enquanto um frango adulto possui apenas 0,2%. Ao contrário do que muitos ainda pensam, a carne vermelha é uma das melhores fontes protéicas para um praticante de musculação, tanto no período de ganho de massa magra (off-season), quanto no período em que se objetiva definição muscular (pre-contest). Além de ser uma ótima fonte de proteínas com lenta absorção, a gordura saturada contida na carne vermelha é necessária para uma adequada produção do hormônio testosterona. Isso mesmo: é interessante se ingerir gordura saturada. A questão é a quantidade! Apenas um terço da ingestão total de gorduras deve ser na forma saturada. A carne vermelha possui outros benefícios além do seu excelente teor protéico, pois é rica em ferro e vitamina B12, nutrientes necessários para a produção de energia para os treinamentos. Também é rica em zinco, mineral associado com a produção de hormônios anabólicos, incluindo a testosterona e IGF-1. Com relação aos possíveis malefícios da carne vermelha, estes são instalados quando a ingestão é excessiva e predominantemente realizada com cortes mais gordos. A ingestão deve ser feita preferencialmente com cortes magros (coxão mole, lagarto, patinho, alcatra, etc.), lembrando-se sempre de retirar toda a gordura antes do preparo.



6. Frutas frescas
Geralmente frutas não possuem uma grande reputação entre os praticantes avançados de musculação devido a seu conteúdo de carboidratos (frutose). Mas com exceção das últimas semanas anteriores a uma competição (no caso de um atleta de bodybuilding), três ou quatro porções de frutas deveriam ser incluídas diariamente na dieta. São ótimas fontes de fibras, vitaminas, minerais e substâncias bioativas, como bioflavonóides por exemplo. Prefira sempre a ingestão da fruta in natura do que por meio de sucos, visto que os sucos além de apresentarem alta densidade calórica, perdem grande parte dos nutrientes no preparo.

7. Leguminosas
As leguminosas (feijão, lentilhas, grão de bico, soja) têm seu uso bem difundido no Brasil, especialmente no caso do feijão. Esses alimentos, além de saborosos e com custo relativamente baixo, são ricos em fibras e uma das melhores fontes de proteínas dentre os vegetais. Podem ser de grande valia, principalmente quando o indivíduo encontra-se no período de ganho de massa muscular.

8. Ovos
Cada ovo inteiro contém cerca de seis gramas de proteínas de alto valor biológico. Os ovos possuem uma má reputação devido a gema ser rica em colesterol. No entanto, a maior parte do teor de gordura dos ovos é do tipo insaturado. Estudos recentes demonstram que é muito mais importante o controle da ingestão de gorduras saturadas do que de colesterol alimentar para o controle dos níveis de colesterol sanguíneo. Para controlar a ingestão calórica, uma opção seria desprezar algumas gemas, ingerindo-se apenas as claras, como no preparo de um omelete, por exemplo.

9. Peito de frangoGrande “companheiro” da batata doce nas refeições de bodybuilders experientes, o peito de frango apresenta baixo teor de gorduras e uma alta concentração protéica, sendo umas das melhores escolhas principalmente quando o objetivo é reduzir a gordura corporal. Outras aves, como peru e avestruz também apresentam ótima relação quanto a teor protéico e teor lipídico, no entanto o alto custo dificulta o uso diário.




10. Queijo cottage e iogurte de frutas sem gordura

Esse queijo apresenta uma ótima concentração de proteínas e cálcio, além de ser pobre em gorduras. É uma ótima opção para acompanhar o pão integral em um dos lanches do dia. Já o iogurte, assim como o queijo cottage, possui insignificantes concentrações de lactose. Para atletas competitivos de bodybuilding, nas semanas finais da preparação os derivados do leite devem ser evitados, mas possuem grande valia no período off-season.

11. Salmão 
Além de conter proteínas de alto valor biológico, possui gorduras essenciais (ômega 3). As gorduras provenientes dessa fonte apresentam inúmeros benefícios não somente para seu treinamento, como também para sua saúde. Esse peixe é fonte dos ácidos eicosapentanóico (EPA) e docohexaenóico (DHA), enquanto a semente de linhaça é fonte de ácido alfa linoléico (ALA). É importante incluir ambos os tipos em sua dieta.
Como o salmão apresenta um alto custo, a sardinha seria uma opção igualmente nutritiva, mas com relativo baixo custo.

12. Temperos naturais
Além de deixar sua comida mais saborosa, temperos naturais como alho, cebola, orégano, manjericão, coentro e alecrim (só para citar alguns), dentre outros benefícios, acrescentam substâncias antioxidantes em sua dieta, sendo um ótimo adendo.

Observando esses alimentos, constatamos que alguns são ótimas fontes de carboidratos, mas isentos em proteínas; já outros contêm gorduras essenciais, mas são isentos de carboidratos e proteínas. Ou seja, o adequado balanceamento entre esses alimentos na dieta é que fará a diferença. Todos os nutrientes devem atuar sinergicamente no organismo, nas suas devidas proporções em cada período específico do dia. O nutricionista esportivo é o profissional adequado para organizar um programa alimentar de acordo com suas necessidades, estilo de vida e objetivos.

Nutricionista esportivo - CRN3-214/09-S*






E-mail: nutricionista_rodolfoperes@yahoo.com.br
Consultório: Avenida Paulista, 726, sala 908 – São Paulo – SP (11) 3262-3964